Poluição do ar é um problema urgente e organizações pedem que Proconve não tenha os prazos adiados
Não é novidade que a poluição do ar é uma das mais graves ameaças ao meio ambiente e à saúde humana e também todo mundo sabe que os veículos automotores são responsáveis por grande parte das emissões de gases, mesmo com a grande evolução dos motores do ponto de vista das emissões.
Apesar de ter o etanol, uma alternativa menos poluente que gasolina e o diesel, o Brasil ainda tem níveis de emissão preocupantes, por isso, a Coalizão Respirar, uma rede de 20 organizações, está alertando sobre a importância de agilizar as próximas fases do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, o Proconve.
Entretanto, a Anfavea, associação que os fabricantes, quer adiar pela segunda vez os prazos de implementação do programa e a justificativa para isso é a pandemia, que prejudicou o setor.
Em resposta ao pedido da Associação, a Coalizão enviou uma carta pública ao ministro do meio ambiente Ricardo Salles e ao Conselho Nacional do Meio Ambiente, o Conama, criticando o adiamento.
A Coalizão explica em outros países em que as mesmas montadoras atuam, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul e países da Europa, os planos de redução de emissões foram mantidos mesmo com os impactos da crise.
“Postergar o Proconve mais uma vez significará, do ponto de vista econômico, colocar o Brasil na vanguarda do atraso em termos de tecnologia veicular para redução de emissões. Situação essa que tem repercussões negativas em mercados externos, indo de encontro ao movimento das democracias com economias mais pungentes do mundo de buscar uma retomada verde de suas atividades produtivas e exigir o mesmo de seus parceiros comerciais”, diz um trecho do documento.
A Coalizão já conseguiu apoio do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema-SP), que enviou um documento assinado pelo presidente do conselho, Marcos Penido, recomendando o cumprimento das metas pré-estabelecidas para o programa.
A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Associação Paulista de Medicina também declararam apoio ao pedido da Coalizão Respirar.