O banco capta dinheiro no mercado e empresta a quem precisa, financiando o carro que você quer comprar. Portanto, é preciso pagar juros para usar o dinheiro e no caso do Brasil os juros são altíssimos, em muitos casos a pessoa paga duas vezes ou mais o valor principal do produto financiado. Emprestar dinheiro é o negócio do banco, assim, a instituição não vai abrir mão dos seus custos operacionais e do seu lucro, oferendo “juro zero”

É comum no mercado de automóveis a montadora oferecer “juro zero” ao cliente. Nesse caso, supõe-se que o fabricante vai assumir o pagamento dos juros para o comprador. Nada disso.

Quando você recebe uma proposta de pagamento parcelado “sem juros”, claro que os juros estão embutidos. Para não revelar os juros embutidos, a loja, na maioria das vezes, se recusa a dar um desconto na compra à vista. O vendedor “explica” que o preço é aquele mesmo, e que a loja está fazendo um favor ao cliente, dividindo em dez vezes o valor à vista. E o vendedor jura de pés juntos que não há juros embutidos. Só rindo.

Em alguns casos a empresa dá um pequeno desconto no pagamento à vista, mas nunca todo o valor embutido no preço, referente aos juros contratados na instituição financeira.

Essa situação é comum em todos os setores da economia, da compra de um carro a lojas de varejo.

No caso de compra de carros, normalmente a concessionária dá a opção de desconto no pagamento à vista. Oferece ao comprador:

1) Pagamento em 12 vezes sem juros

ou

2) Desconto para pagamento à vista.

Nesse caso fica ainda mais claro que o “juro zero” é uma grande falácia, uma grande mentira.

Faça o teste: antes de fechar o negócio, pesquise no mercado paralelo (sites na internet, lojas independentes) qual é o valor do carro. Se também no mercado paralelo você consegue o mesmo desconto, é a prova de que a concessionárias não está lhe oferecendo nada de excepcional.